Edição do dia 16/01/2012
17/01/2012 01h09- Atualizado em 17/01/2012 01h09
Estrangeiros aumentam busca de empregos no Brasil para fugir de crise
Número de estrangeiros que pediram autorização pra trabalhar no Brasil aumentou 34% de janeiro a setembro do ano passado, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
José Roberto Burnier - São Paulo, SP
Inflado pela crise, um número crescente de europeus busca oportunidades de trabalho no Brasil. O que também atrai um contingente grande de estrangeiros pedindo visto de trabalho no país são os eventos da Copa e das Olimpíadas.
Ainda não tem um ano que o português Francisco Cordeiro está trabalhando no Brasil. Formado em marketing e publicidade em Lisboa, viu sua perspectiva de crescer na carreira ir por água abaixo.
Com a crise na Europa, fez as malas e veio para o Brasil. Hoje, dedica-se às vendas pela internet. “O que eu vejo no Brasil é que tem uma procura intensa. Muitas oportunidades para as pessoas trabalharem. O que não falta são ofertas de trabalho aqui. Na Europa, são raras as oportunidades”, diz.
O número de estrangeiros que pediram autorização para trabalhar no Brasil aumentou 34% de janeiro a setembro do ano passado, em comparação com o mesmo período do ano anterior. São os últimos dados disponíveis.
Além da crise na Europa, o Brasil se tornou um dos destinos preferidos por causa da estabilidade da economia, dos investimentos que o país vem recebendo, como no pré-sal, e também porque será sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Quem concede o visto confirma essa tendência. “Essa vinda de estrangeiros é um reflexo da nossa globalização, da nossa inserção internacional. É praticamente inevitável”, afirma Paulo Abrão Pires Junior, secretário nacional de Justiça.
Essa quantidade cada vez maior de estrangeiros chegando ao Brasil também foi constatada por uma pesquisa feita por uma empresa multinacional de recrutamento de funcionários. De acordo com o levantamento da Monster, de 2010 para 2011, aumentou em 32% o número de estrangeiros que cadastraram seus currículos no site da empresa atrás de trabalho no Brasil.
Americanos e franceses ainda são os que mais se candidatam a vir para cá. A crise europeia está diversificando a oferta. Agora, espanhóis, italianos, ingleses e até alemães querem trabalhar no país. “São basicamente os empregos mais técnicos. As indústrias que realmente estão demandando uma mão de obra qualificada imensa e que sobra em grande quantidade na Europa e, aqui no Brasil, está cada vez mais escassa”, afirma Andreza Santana, gerente de marketing da Monster.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2012/01/estrangeiros-aumentam-busca-de-empregos-no-brasil-para-fugir-de-crise.html
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Pesquisadores do site americano Glassdoor, especializado em carreira, vasculharam a avaliação de candidatos a emprego de cerca de 115 mil entrevistas em mais de 26 mil empresas e selecionaram as perguntais mais esquisitas.
"Quantas pessoas estão usando o Facebook em São Francisco às 14h30 de uma sexta-feira?" - Google, para o cargo de gerente de relações com fornecedor
"Apenas me entretenha por cinco minutos. Eu não vou falar nada." - Acosta (programa de desenvolvimento de lideranças)
"Se os alemães fossem o povo mais alto do mundo, como você provaria isso?" - Hewlett-Packard (gerente de marketing de produto)
"Imagine 20 lâmpadas que quebram a uma certa altura, e um edifício com 100 andares. Como você determinaria a altura em que as lâmpadas vão quebrar? " - Qualcomm (engenheiro)
"O que você acha dos anões de jardim?" - Trader Joe's (Membro da equipe)
"Será que Mahatma Gandhi daria um bom engenheiro de software?" - Deloitte (analista)
"Se você pudesse ser o funcionário número 1 e ter a antipatia de todos os seus colegas de trabalho, ou ser classificado como o número 15 e ter a simpatia de todos, qual você escolheria?" - ADP (associado de vendas no interior)
"Como você acabaria com a fome no mundo?" - Amazon.com (desenvolvedor de software)
"A vida te fascina?" - Ernst & Young (analista fiscal)
"Por favor, soletre diverticulite". - EMSI Engineering (gerente de contas)
"Liste cinco usos para um grampeador sem grampos." - EvaluServe (analista de negócios)
"Quanto os habitantes de Dallas-Fort Worth gastaram em gasolina em 2008?" - American Airlines (gerente de receita)
"Como você colocaria um elefante dentro da geladeira?" - Horizon Group Properties (gerente de escritório)
"Quantos aviões estão voando sobre o Kansas neste momento?" - Best Buy (analista de planejamento de demanda)
"De quantas maneiras diferentes você pode levar água de um lago que fica no pé de uma montanha até o topo desta mesma montanha?" - Disney Parks & Resorts (estagiário de engenharia de projeto)
"Pepsi ou Coca-Cola?" - United Health Group (gerente de projetos associado)
"Você está expirando ar quente?" - Walker Marketing (gerente de clientes)
"Se você fosse um programa do Microsoft Office, qual você seria?" - Summit Racing Equipment (e-commerce manager)
"Como você se sente sobre aqueles piadistas no Congresso?" - Consolidated Electrical (estagiário)
Mesmo que você nunca seja submetido a qualquer uma destas perguntas em entrevistas de emprego, o relatório da Glassdoor, segundo a empresa, "serve como um lembrete para esperar o inesperado" nessas ocasiões.
Fonte: epoca negocios
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Trabalhar distância será a solução para 50 milhões de brasileiros nos próximos anos.
Imagine que durante a Copa do Mundo de 2014 mais de 600 mil turistas estrangeiros se espalharão entre as doze cidades-sede do país. Somem-se a eles os brasileiros privilegiados que assistirão aos jogos nos estádios. E mais milhões que vão tentar deixar o trabalho para ver as partidas em casa. O aumento na demanda nos transportes, no trânsito e nas linhas de comunicação será enorme. Haja suco de maracujá para lidar com tanto estresse. Exceção feita, claro, às empresas e funcionários que adotam o modelo de trabalho a distância. "Para eles o caos será apenas notícia para discutir no bar com os amigos", diz Alvaro Mello, do Centro de Estudos de Teletrabalho e Alternativas de Trabalho Flexível (Cetel) da Business School São Paulo.
"Vamos apresentar um projeto para que os governos das 12 cidades-sede da Copa adotem o trabalho a distância como estratégia para reduzir o impacto em transportes”, afirma Mello. O modelo seria baseado na experiência realizada pelo governo canadense durante os Jogos Olímpicos de Inverno, em Vancouver, em 2010. “Agora, Vancouver tem 520 mil habitantes e só a cidade do Rio tem 6,4 milhões (segundo a estimativa populacional do IBGE publicada no ano passado), ou seja, faz todo o sentido que as pessoas trabalhem de casa durante os jogos”, diz Mello.
Presidente da Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividade (Sobratt), Mello coordenou o estudo da BSP que aponta para um aumento na qualidade de vida de funcionários e redução de custos nas empresas, como conseqüências diretas dessa modalidade. Pelo menos 61% dos profissionais ouvidos que já adotam o modelo afirmam que sua vida melhorou muito, enquanto 77% apontam que a mudança contribui para reduzir a poluição. Pelo lado corporativo, as empresas economizam em supervisão, locação de espaço (especialmente aquelas que estão em processo de expansão) e ganham em retenção de talentos ao oferecer um pacote com horário flexível/trabalho remoto.
Para Alvaro Mello, é apenas uma questão de tempo e adaptação das empresas ao que se poderia chamar de “novos tempos”. “É uma mudança muito mais cultural e organizacional, de o gerente trabalhar sem que os funcionários estejam sentados atrás da mesa”, diz.
Uma em cada três empresas que utiliza o trabalho remoto apresenta indicadores de satisfação, como melhoria da qualidade de vida, ganho de tempo e flexibilidade. O que falta para que os outros dois terços enxerguem essa possibilidade como melhor alternativa de trabalho?
De uma maneira geral, as empresas não estão fazendo avaliação nem usando métricas para saber se o teletrabalho é eficaz. Elas implantam o esquema de maneira informal. O chefe chega e diz “você pode trabalhar de casa” e é isso. A chegada da lei 12551, sancionada em dezembro, vai regular essa forma de trabalho, mas não como tem sido dito por aí. Grande parte dos profissionais que trabalham com dispositivos móveis ocupam cargos de decisão. Eles trabalham até mais do que oito horas, muitas vezes ainda respondem e-mails e terminam relatórios em casa. Agora com a lei, formalmente as pessoas podem pleitear as horas extras. Mas acho difícil que haja um aumento extraordinário no volume de processos. No mundo inteiro, o profissional que decide trabalha assim.
Mas esses executivos ainda estão em minoria diante de todo o contingente que trabalha a distância, não é assim?
Exato. Hoje, no Brasil, temos mais de dez milhões de pessoas trabalhando a distância. O Cetel está realizando agora um censo do teletrabalhador, que inicialmente aponta um aumento de 20% a 30% no número de trabalhadores remotos nos últimos anos. Tem gente que trabalha de casa um dia por semana, tem empresas que permitem duas ou três vezes por mês. E muitas companhias fazem isso sem perceber. Eu considero trabalho a distância toda pessoa que cumpre suas funções fora do ambiente tradicional do escritório, seja em casa, no saguão dos aeroportos, nos hotéis. Se eles estão mandando e-mails, tomando decisões, enviando relatórios e participando de teleconferências, estão trabalhando a distância. E esse pessoal não é quantificado.
Que perfil deve ter o profissional para trabalhar bem fora do escritório? Varia muito dependendo da área?
Há determinadas características que são fundamentais e independem da função, seja um profissional de TI, de vendas, um web designer, advogado ou analista financeiro. Tem que ser uma pessoa disciplinada. Há indivíduos que não têm essa habilidade e precisam daquela rotina de sair de casa para ir ao escritório. Se ficarem em casa, podem cometer o pecado de não cumprirem prazos ou o contrário, trabalhando mais do que deviam. E não é isso que estamos propondo. A pesquisa demonstrou que entre os trabalhadores remotos existe a preocupação com qualidade de vida. As empresas precisam se planejar para que as pessoas fiquem satisfeitas trabalhando a distância. Isso inclui garantir que o funcionário tenha um ambiente de trabalho adequado, com mobiliário e iluminação dentro das normas ergonômicas.
Quer dizer que as empresas precisam tomar conta do escritório de cada um?
A empresa precisa estar ciente das condições de trabalho a distância do funcionário. Algumas contam com modelo de boas normas, as medidas de altura da mesa e da cadeira, para que o funcionário reproduza o mesmo padrão usado na empresa – e não tenha de trabalhar na mesa da sala de jantar. Outra coisa é que exista uma linha telefônica separada, para que uma criança da família não atenda uma ligação. É preciso tecnologia adequada. A Ticket tem um programa que serve de referência dentro da área de vendas, com gerentes e vendedores que trabalham a distância. A empresa contratou um especialista em ambiente de trabalho para verificar todos os pontos. O Serpro também implantou um serviço de processamento de dados remoto, em que cada funcionário teve seu ambiente de trabalhado normatizado, sabendo como deveria ser a mesa, o tipo de computador, etc. Os funcionários passaram por um exame para verificar se tinham problemas de saúde. Essa é a maneira certa. Mas tem um complicador: se a pessoa trabalha em saguões de aeroporto, em salas VIP, como é que se pode manter essas condições?
Muitos executivos já admitiram fazer conference calls de aeroportos e outros diretamente da cama do hotel...
São riscos que estão presentes nessa modalidade. Agora, se o funcionário começar a ter problemas na coluna, na lombar, e achar que isso é fruto do novo estilo de trabalho, o risco para a empresa é grande. Quando o profissional detectar o problema, ele deve alertar a companhia para tomar as medidas corretas. É algo que as companhias devem prever.
Considerando idade e sexo, é possível identificar melhor o profissional de teletrabalho?
Como ainda estamos levantando esses dados, vou falar sobre a minha experiência. Eu diria que é um profissional mais jovem, até uns 45 anos, com afinidade pelas novas plataformas de tecnologia e comunicação móvel, alguém com facilidade para operar programas de computador e tablets.
Vários estudos mostram que as mulheres preferem horários flexíveis e estão abertas a essa modalidade de trabalho porque facilita na hora de administrar trabalho e casa. Isso também aparece na pesquisa?
É o que estamos checando agora. Eu conheço executivas que durante a gravidez ou ainda no período de licença maternidade decidiram voltar ao trabalho, só que de casa, para não se distanciarem da empresa. E não tenho dúvida de que essa possibilidade é um reforço para facilitar a adoção do trabalho a distância. A maior barreira, porém, ainda é cultural e organizacional.
Por que é tão difícil fazer essa mudança?
O trabalho a distância exige uma mudança de estilo de trabalho, inclusive para os gerentes que precisam aprender a administrar suas equipes virtuais, pessoas que eles não vão ver todos os dias sentados às mesas de trabalho. Nós vimos o caso de um escritório de arquitetura nos Estados Unidos que decidiu contratar projetos de profissionais na China para reduzir os custos, no entanto, não permitia que os outros arquitetos de dentro da empresa trabalhassem de casa. Ele queria vê-los ali no escritório.
Todos os setores podem considerar o trabalho a distância ou algumas áreas estão excluídas?
Hoje qualquer setor pode adotar o modelo. Claro que há atividades que não se adequam, você precisa de um médico no centro cirúrgico para te operar na hora. Mas engenheiros, arquitetos, advogados, analistas, todos podem trabalhar a distância. É viável trabalhar a distância, não quer dizer que seja todos os dias.
Para a empresa, uma das vantagens apontada no relatório é que o teletrabalho implica em redução de gastos. De quanto estamos falando, 5%, 10%, 25%?
Como o esquema é feito de maneira muito informal, é difícil conseguir uma estimativa de custos das empresas. Temos estimativas em termos de produtividade, que apontam para um crescimento de até 30%. O Serpro fez uma estimativa de que ganharia 30% mais em índice de produtividade. Seis meses depois, a meta foi superada e chegou a 35%. Vimos casos como o de uma grande empresa de São Paulo, que adotou o teletrabalho como alternativa para não gastar mais com o aluguel de salas. Ao sistematizar, fica mais claro o ganho.
Nos grandes centros urbanos, me parece claro o ganho em qualidade de vida para os funcionários e também para a cidade.
É um ganho dobrado. Você tem melhoria em dois aspectos: para o funcionário, que não precisa enfrentar um trânsito terrível para chegar ao trabalho e menos poluição para o meio ambiente. O trabalho a distância retira carros de circulação e também coloca uma carga menor nos transportes coletivos, além da redução de emissão de CO².
E com relação à segurança das informações. O que as empresas fazem para evitar vazamento de dados?
As empresas já evoluíram muito quanto à questão do modelo de segurança, graças a softwares e sistemas de firewall que protegem os dados. É muito diferente do que aconteceu há oito anos, quando o filho de um funcionário usou o computador da empresa e contaminou a rede com um vírus. Hoje um operador de call center trabalha em sua casa no Rio Grande do Sul com o mesmo monitoramento que teria se estivesse na empresa com sede em São Paulo.
Que nota daria para o trabalho a distância no Brasil?
Até a chegada da lei 12551, eu daria uma nota 4. Mas com a nova legislação, pelo volume de consultas e pelo interesse das empresas, a minha expectativa é que as coisas melhorem muito. Então, pensando não no que já está acontecendo, mas no que vai acontecer, eu daria nota 8.
E pensando agora nos próximos cinco anos, quantos brasileiros vão trabalhar longe das empresas?
O teletrabalho está crescendo muito no Brasil e na América Latina. Eu acho que aqui vai triplicar o número de profissionais brasileiros que adotarão o padrão em algum nível. Pensando que a força de trabalho também vai crescer com a economia, estamos falando de cerca de 50 milhões de pessoas até 2017.
Fonte : epoca negocios
Última atualização em Ter, 07 de Fevereiro de 2012 06:51
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Lei assegura direito ao plano de saúde após demissão.
Matéria: Raíza Tourinho l A TARDE
Foto: Luciano da Matta/Agência A TARDE
Ser demitido da empresa e, consecutivamente, perder o plano de saúde institucional é motivo de preocupação para muitos trabalhadores. Uma lei federal, apesar de pouco conhecida, no entanto, garante aos empregados o direito de permanecerem com esse benefício, por alguns meses, após o desligamento.
Segundo o juiz trabalhista da 13ª Vara Tribunal Regional do Trabalho (TRT), Gilmar Carneiro, esse direito é válido enquanto o trabalhador estiver desempregado, desde que assuma o custo integral – ou parcial, em alguns casos – do convênio médico.
Foi o que fez o bancário Talmo Cruz, demitido do Citibank há um ano. Ele, que trabalhou no banco durante quatro anos, destaca a importância de ter permanecido com o plano. “Ter continuado com a assistência foi bom porque fui pego de surpresa com a demissão”, conta ele.
A Lei 9.656/98 estabelece a continuação da cobertura do funcionário, desde que ele tenha sido demitido sem justa causa. O benefício varia de seis meses a 2 anos, a depender do tempo na empresa.
Segundo Carneiro, uma das vantagens de se continuar no convênio é que o plano coletivo costuma ter um preço menor do que o individual. “Optar pela continuidade é mais conveniente, uma vez que o trabalhador não necessita cumprir o período de carência de um novo plano”, pontua o juiz.
Por lei, o empregador não é obrigado a arcar com os custos do convênio do trabalhador. No entanto, algumas categorias, por meio dos sindicatos – em negociações coletivas –, conquistaram o direito de ter o plano de saúde custeado pela empresa, como foi o caso de Talmo. “Os bancários continuam com o plano de saúde custeado até seis meses após a demissão”, explica Carneiro.
De acordo com o juiz, depois dos seis meses, o trabalhador pode continuar pagando pelo benefício. A cobertura do convênio é também estendida aos dependentes do beneficiário.
Os aposentados também têm direito a continuar com o plano de saúde. A depender do tempo de serviço, o benefício pode ser vitalício. Basta o trabalhador ter se aposentando com 10 anos de serviço na mesma empresa.
Aqueles que se aposentarem com menos tempo, o benefício será proporcional ao tempo de contribuição, respeitando a duração máxima de oito anos. “Nestes casos, o aposentado deve arcar com todos os custos”, diz Carneiro. Para ter esse direito, o empregado deve solicitar à empresa a manutenção do plano durante o aviso prévio.
Onde reclamar
Caso os planos de saúde não aceitem a solicitação de continuidade da assistência médica, o trabalhador pode recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para denunciar a situação.
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Faça as pazes com você mesmo
Cansaço faz cérebro ficar acordado e adormecido ao mesmo tempo
Cérebro cansado pode adormecer por uma fração de segundo, mesmo que esteja funcionando ativamente
Se você já se martirizou por não saber onde guardou as chaves ou os óculos, e acha que é distraído ou esquecido demais pense melhor: isto pode ser apenas um sinal de que está precisando dormir.
Esta é a conclusão de um estudo feito com camundongos, que sugere que o cérebro cansado pode adormecer por uma fração de segundo, mesmo que esteja funcionando ativamente.
As consequências disto são grandes, principalmente para pessoas executando tarefas para as quais a falta de sono pode ser perigosa, alertam os autores da pesquisa.
"Mesmo antes que você sinta a fadiga, há sinais no cérebro de que você deveria interromper certas atividades que exijam um estado alerta", explica Chiara Cirelli, professora de psiquiatria da Universidade de Wisconsin, em Madison.
"Grupos específicos de neurônios podem adormecer, com consequências negativas para o desempenho da atividade", acrescentou.
O estudo, publicado na revista britânica "Nature", desafia o senso comum de que a falta de sono afeta o cérebro inteiro.
Teoria
A teoria convencional se baseia na observação de eletroencefalogramas, que revelam os padrões de atividade elétrica nos neurônios --mas possuem algumas limitações.
Seus eletrodos são posicionados no couro cabeludo, o que significa que captam melhor o sinal dos neurônios próximos ao crânio em relação àqueles que ficam nas camadas mais profundas do cérebro --e, essencialmente, resumem a atividade de centenas de milhões de neurônios, e não conseguem analisar células isoladamente.
Para contornar esta limitação, Cirelli e seus colaboradores inseriram sondas ultrafinas dentro do cérebro de 11 camundongos adultos para monitorar a atividade elétrica em subgrupos de neurônios no córtex motor, que é responsável pela coordenação motora "semiautomática".
Os roedores foram mantidos acordados durante quatro horas além do horário em que normalmente vão dormir, com a ajuda de objetos novos introduzidos na gaiola para mantê-los interessados --e ativos.
O monitoramento cerebral mostrou que, mesmo quando todas as aparências indicavam que os animais estavam acordados e ativos, neurônios nestas áreas específicas não estavam funcionando --em outras palavras, partes do cérebro permaneceram adormecidas enquanto outras continuavam despertas.
"Mesmo quando alguns neurônios pararam de funcionar, as medições cerebrais através do eletroencefalograma indicavam, de maneira geral, que as cobaias estavam acordadas", diz Cirelli.
Estes episódios de "sono localizado" afetaram o comportamento dos camundongos, segundo os cientistas.
Os animais foram treinados por duas horas para realizar uma tarefa complicada: segurar uma bolinha de açúcar com uma única pata.
Mas quanto mais cansados ficavam, mais difícil para os roedores se tornava o trabalho. Eles começaram a deixar cair as bolinhas, ou então não conseguiam pegá-las quando oferecidas.
Era necessário que alguns poucos neurônios "saíssem do ar" por um terço de segundo para que as falhas ocorressem, destaca Cirelli em um comunicado sobre a pesquisa.
"Dos 20 neurônios que acompanhamos durante um experimento, 18 permaneceram acordados", explica. "Nos outros dois, havia sinais de sono, com alternância entre períodos breves de atividade e períodos de silêncio".
Autor: France Presse
Fonte: Folha.com
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Relacionamento Interpessoal
Desenvolver hábitos saudáveis faz bem para o corpo, para a mente e para a carreira.
A saúde do profissional brasileiro anda na corda bamba. Um estudo realizado pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, com 32 100 executivos constatou que 76% dos entrevistados são sedentários, 63% apresentam taxas de colesterol e triglicérides elevadas e 59% estão acima do peso ideal, tanto homens quanto mulheres. Essas características elevam o risco de doenças cardiovasculares, como enfarte e derrame.
Os níveis de ansiedade e depressão também são altos por causa da pressão por resultados e do medo de perder o emprego: cerca de 40% dos executivos brasileiros sofrem de estresse, de acordo com o Centro de Psicologia e Controle do Stress, de Campinas, em São Paulo. A dinâmica de vida dos executivos, combinada a uma alimentação inadequada, ao tabagismo e ao alcoolismo, só agrava esse quadro”, diz Sandra Arsencio, cardiologista do Oswaldo Cruz.
Não deveria ser assim. Ao contrário, para ter um bom desempenho no trabalho e crescer na carreira, o profissional tem de estar com a mente e o corpo no melhor estado possível. Com a saúde em dia, a pessoa pensa melhor, sente-se disposta a encarar os desafios e ainda assim fica menos cansada. Mais importante ainda, evita todos os problemas relatados anteriormente. A saída inevitável é adquirir hábitos saudáveis. É fácil fazer isso? Não, mas é necessário, para não dizer urgente, para quem é sedentário. O primeiro passo é escutar os sinais do corpo e se colocar como prioridade número 1 para as mudanças acontecerem, diz Sandra Arsencio.
A decisão de viver melhor é sempre individual. Tem que existir equilíbrio entre as dimensões de sua vida, que são: física, emocional, intelectual, social e espiritual, afirma o médico Alberto Ogata, membro do comitê internacional do National Wellness Institute e presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida. Sem essa preocupação, não há como caminhar em direção ao bem-estar.
Fonte: Murilo Ohl (undefined)
Reportagem: Daniela Hirsch – Você S/A
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A forma pela qual nos relacionamos com as pessoas, promove o sucesso ou o insucesso em nossa carreira. Através do relacionamento profissional e pessoal, revelamos a verdadeira maturidade e habilidade comportamental presente em cada um de nós.
As empresas não apenas valorizam, mas exigem colaboradores que além de experiência técnica, tenham habilidades comportamentais de flexibilidade, inteligência emocional, criatividade, entre outras. Portanto ser apenas um excelente técnico é insuficiente, temos também que perceber e respeitar as diferenças de cada membro da equipe, refletir sobre nossa forma de agir com as todas as pessoas envolvidas na nossa vida profissional.
Nosso modo de ser, pensar e agir influencia diretamente os relacionamentos nas empresas. Se desejarmos um ambiente sadio e sem grandes turbulências, devemos manter uma postura positiva e de respeito.
Atitudes egoístas e desrespeitosas criam um ambiente negativo, competitivo e pesado, instaurando inimizades, antipatia e desconfiança, impactando diretamente os resultados, desempenho, crescimento profissional e organizacional. Quando trabalhamos mal humorados, perdemos o foco da cooperação e integração grupal, dificultando ainda mais a comunicação e a motivação das pessoas. Porém, ao usarmos em nossas ações de maturidade, autoconhecimento e bom senso, elevamos nossa auto-estima e participação, contribuindo para um ambiente de troca e crescimento.
Muitas horas constantemente se perdem nas empresas, procurando consertar situações complexas criadas por inabilidade de relacionamento. Para evitar este tipo de situação, se faz necessário investir fortemente em estratégias que possibilitem uma mudança física e cultural em toda a esfera organizacional.
Os gestores precisam criar um ambiente de confiança que possibilite a troca constante de feedbacks, de forma profissional, permitindo o crescimento e a transparência nos relacionamentos.
Somos seres humanos dotados de sentimentos e emoções e no trabalho nos relacionamos com outras pessoas com as mesmas características, se quisermos alcançar o sucesso profissional devemos investir no autoconhecimento, para que as nossas emoções não atrapalhem o desenvolvimento de nossa carreira.
Marlene Paz
Gerente de Atendimento.